English French German Spain Italian Dutch Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

Repetição, repetiç, repeti, repet, repe, rep, re....

Já falamos de quase todos os assuntos nestes anos em que escrevemos para este jornal e os assuntos estão esgotados.
Já falamos do cemitério, do carnaval, do jardim de baixo, do jardim de cima, do futebol, de jogo de birosca, de frutas como jabuticabeira, abacate, mangas, laranjas e pássaros, como sabiá, osanhaço, a corruíra, papagaio, maritacas...
Será que são pássaros ou aves? Falamos de bares antigos, de personagens que povoaram a nossa história, professores, professoras, falamos do Abreca Lola, com o Zito Carraro na garupa descendo a rua do Comércio feito loucos, falamos de pescarias no rio Pardo, nas represas nos córregos, de nadar escondido, de riozinhos de água de prata, das primeiras
pescarias, daquele peixe mágico no entardecer, das flores descendo o rio na enchente das goiabas, de ranchos e de injustiças.
Falamos de cinema, de matinês, dos caubóis heróis para sempre, das artistas maravilhosas de pernas de fora, falamos de circo, de equilibristas lá no alto encantando a garotada, do menino que sonhou fugir com a bailarina, da bailarina, do clube velho, do clube operário
que ficava onde era o cine Santa Rosa, falamos dos paralelepípedos negros e falamos, sempre e sempre, das meninas amadas daqueles tempos cujos beijos e abraços estão grudados na gente, como esparadrapo no calcanhar, incomodando e causando dores insuportáveis.

Juvenil de Souza acha que está na hora de parar de escrever.

Próximo texto
Página anterior

Nenhum comentário:

Postar um comentário