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Chuvas e trovoadas

A gente ficava esperando a chuva cruzando os dedos e torcendo para que não caísse um raio em nossa cabeça. Tinha gente que jogava ovo estrelado dentro de um círculo marcado na terra para impedir a chuva. Outros faziam um círculo com um machado e desenhavam olhos e boca do lado de dentro e raios do lado de fora para imitar o sol. A “palha benta”, do Domingo de Ramos guardada debaixo do colchão, era colocada na lenha do fogão para impedir a chuva e os raios ameaçadores. Num relâmpago mais forte e assustador, era apelar para Santa Bárbara, aconselhavam os mais velhos. Mas aprendemos com a velhice que quando vai chover, chove; quando vai esfriar, vai esfriar e quando vai fazer calor, faz calor. Por isso é que dizemos que a natureza chove, faz calor e frio, dá flores, frutos, manda raios, trovões e manda também a gente amar amorosamente a vida, que não é nem triste nem alegre, nem boa, nem ruim, mas reveladora de que amanhã, sempre, é mais um dia cheio de espanto e possíveis alegrias.

Véspera de Carnaval, Juvenil fica
doidão e quer montar uma República
para reviver tudo que ainda não viveu.



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